Por Eliabe Castor
Não se engane, leitor! O deputado federal Hugo Motta (Republicanos) é muito mais que um rosto jovem e com photoshop em excesso nas fotos. Não, ele tem cérebro. Talvez massa encefálica suficiente para dominar o mundo de um país que troca bananas para beneficiar o “centrão”, a maior força política do Brasil. Afeito ao poder, e com mérito, sempre utilizou dos que estão à frente da sua “hierarquia” para pô-los como simples títeres.
“Pinóquio” em harmonia com “Papai Gepetto” que manda e envia recados por pombos, Telegram, Zap ou pessoalmemte. Não Importa a moita de Motta: ele está sempre à espreita e atento a tudo. É um guardião do céu. O dono da chave, mesmo que busque comprir as regras hierárquicas do Congresso – `e que não as cumpre” – pois não precisa. Tem, ele, poder, e em demasia.
E confesso: sua arte da guerra é tão apurada como as empregadas por Alexandre, o Grande, Napoleão, Sun Tzu ou até mesmo o colosso militar de nome Gengis Khan.
E não. A imprensa – ou parte dela – paraibana coloca o mesmo como o paladino da verdade. O redentor, messias por assim dizer para a nova “redenção” do estado.
Mas vou dar a ele algo literário: Hugo Motta tem semelhança absurda com a obra “Triste Fim de Policarpo Quaresma”. Vi ele a conseguir colocar o tupi-guarani em pautas nas mais diversas dicursões parlamentares. Irá ser um Lima Barreto para A FELICIDADE OU NÃO DO POVO BRASILEIRO? Ou será esse político mais um utilizando o “santo nome da Paraíba” como assim fez João Pessoa – mesmo alheio ao seu assassinato?
Após sua morte, foi “decretado” o fim do período da República Velha e alçando Getúlio Vargas ao poder. E aqui, entre essas linhas invisíveis, nem preciso lembrar dos fatos por completo.
Residente da Paraíba, posto equivalente hoje ao de governador, João Pessoa foi assassinado em Recife, em 1930, pelo advogado João Dantas. O resto é história e estórias.
Mas Motta? Esse tem muito que contar e ser contado: o parlamentar conseguiu fortalecer sua base política a partir da composição de um arco de alianças que, até o momento, reúne oito partidos. Além da própria sigla, o grupo engloba MDB, Podemos, PP, PV, PCdoB, PT (que busca melhorar seu relaionamento com o deputado) e PL, sendo estas últimas as legendas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-presidente Jair Bolsonaro, ambos protagonistas da polarização política ao nível nacional.
Motta é um Rasputin atual que consegue colar a realeza com a plebe. Um homem de muitas faces, “belezas”, seduções e poder. Mas nem de longe será um Humberto Lucena para a Paraíba ou alguém discreto, mas eficiente para Pernambuco como Marcos Maciel – lembrndo que ambos foram senadores de destaque -.
Motta terá início glorioso. O fim da sua gestão é uma icógnita. E o cristal com bolas só a magia decifrará.
Opinião
