Blog do Eliabe Castor

Romero Rodrigues e sua fantástica fábrica de chocolates

Os amantes da “Sétima Arte” certamente já assistiram pelo menos uma, das duas versões da obra audiovisual “A Fantástica Fábrica de Chocolates”. Nela, existe a figura mais que excêntrica de Willy Wonka, proprietário do enigmático empreendimento cuja matéria prima está fincada e plantada nas raízes vigorosas  do bom e velho cacau.

E no contexto do filme, que teoricamente seria destinado às crianças, suas metáforas mostram as diversas faces do ser humano, provocando medo e sorriso ao mesmo tempo para os que se aventuram a ver e analisar o filme, ou até mesmo ler o livro que originou a saga de Wonka.

É interessante notar os caminhos ambíguos da obra, pois muitos dos seus quadros e personagens têm similaridades com a política partidária e os que nela estão inseridos.

E aqui, em uma analogia  envolvendo as escolhas de Willy Wonka e as do deputado federal Romero Rodrigues (Podemos), vê-se nitidamente que ambos têm o poder de oferecer esperanças, satisfações, procrastinações e até  mesmo certo grau de desespero a aliados e oposicionistas.

Todos querem receber de Rodrigues o bilhete mágico para entrar em sua fábrica a fim de ter acesso à sua mente e, assim, conhecer seu real interesse em disputar, ou não,  o cargo de prefeito – que já foi dele por duas vezes – em Campina Grande, município esse cuja importância do seu colégio eleitoral é gigantesca em terras parahybanas.

Na minha visão, Romero Rodrigues já distribuiu todos os chocolates que poderia oferecer. E o tempo se esgota para o parlamentar, não havendo mais desculpas para outro período sabático. Os finíssimos  grãos que dão vida à ampulheta política se esgotam. Seus Oompa-Loompas dão sinais de fadiga e os dois grupos políticos, leia-se o do governador João Azevêdo (PSB)  e do prefeito Bruno Cunha Lima ( União Brasil) começam a identificar a real possibilidade do deputado declinar e não colocar seu nome para disputar o paço municipal da Rainha da Borborema.

Por fim, um novo ruído surgiu indicando que Rodrigues decidirá seu “fico” ou “não fico” em meados de junho. Então, que assim seja. Arriscar uma definição do parlamentar é leviandade na acepção real da palavra. Ainda mais quando ela sai da bocarra de terceiros.

E a fábrica de chocolates segue a produção, afinal, esperar não é a opção mais lógica, pois a coxia  que receberá as eleições deste ano já está abarrotada com atores e atrizes. Willy Wonka é apenas um deles.

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