Blog do Eliabe Castor

José Carlos dos Anjos Wallack  e a dor em letras surgiu

Quando pensamos em William Shakespeare, “Romeu e Julieta” é a primeira coisa que vem à mente. Contudo, ele tem várias obras complementares únicas que trazem frases bastante profundas e de forma simples. Por exemplo: “Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar sua vã filosofia”, da obra “Hamlet”.

Pois bem: eu não vou entrar na seara das religiões ou filosofia. Crenças individuais. Não posso, eu, um grão em meio às areias das praias, ter sapiência e prepotência para tal.

O que tento falar é que, pode parecer incrível, mas, em uma lembrança no dia da sua partida, lembrei de Zé. Na verdade, o chamava de Wallack.  Era eu “foca”, expressão dada aos estreantes do jornalismo impresso, quando o conheci no Correio da Paraíba.

Sempre pronto para ensinar o ofício, construímos uma relação de respeito e sorrisos. Um mestre. E essa lembrança veio do nada. Aliás, lembrei do seu texto primoroso e sua simplicidade. Daí indaguei a mim mesmo: Por onde anda Wallack? Não sabia da sua passagem.

Certa vez disse ele, para mim, quando o celular não existia – acho que outros e outras estavam presentes – que, não estando de plantão, pescar era tudo para ele. Presumo que era em Jacumã. Estou falando de tal diálogo que aconteceu há pelo menos 25 anos. A memória falha.

E disse ele algo, que não colocarei aspas, por não ser  fidedigno das suas palavras: no final de semana vou para Jacumã pescar. Ali eu relaxo. Eu e minha família, o jornalismo vem depois.

Talvez tenha invertido a ordem. Faz muito tempo. Mas a verdade é que lembrei de Wallack hoje. E ele achava engraçado por chamá-lo assim.

Que sua passagem seja (eu sei que é) da melhor forma. E você, amigo, veio até a mim na forma de lembrança e pensei: “Onde está um dos melhores textos da Paraíba…?” Aqui. Na sua escrita e legado.

No mais, independente de religião, crenças, muito obrigado por ser um grande professor. E, de certa forma, recebi sua visita.

“Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar sua vã filosofia”. O  proprietário da célebre frase está no início do texto.

Eliabe Castor

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