Existem formas clássicas para “dominar” a mente de um indivíduo. Chantagem, uso da retórica com poder de convencimento, manipulação, dentre outras mais. E assim observo que o deputado estadual e pré-candidato a prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT), um político que buscava ser o paladino da democracia, começa a adotar um comportamento centralizador dentro e fora da sigla partidária a qual pertence.
Cartaxo hoje é o reflexo mais que perfeito do ex-governador Ricardo Coutinho, que domina por completo o Partido dos Trabalhadores na Paraíba. Tornou-se o postulante a chefe do Executivo municipal uma “marionete” controlada pelo pensamento e a forma “ricardista” de ser.
Ações do parlamentar, somadas as do ex-governador racharam o PT na Paraíba. Nelas, a força política antidemocrática impediu, por exemplo, a pré-candidatura da deputada estadual Cida Ramos a prefeita da capital paraibana. Luciano Cartaxo incorporou o estilo de Ricardo Coutinho na política. Ele diz, ele quer, ele pode, ele consegue, valendo-se de expedientes pouco recomendáveis para atingir seus objetivos.
Entende Cartaxo que os fins justificam os meios para atingir o cume da vaidade e “se dar bem” nos seus desejos e caprichos, não importando ouvir seus pares. Trata-se da métrica ensinada por Maquiavel e adotada por muitos déspotas ao longo da história.
As cordas que controlam a “marionete” que busca assumir a prefeitura de João Pessoa estão em constate movimento. Todas elas acionadas por Ricardo Coutinho de forma perceptível, pondo Luciano Cartaxo em condição vexatória.
E para os incrédulos sobre o que está sendo posto neste texto, basta acessar as redes sociais de Cartaxo. Nelas, Ricardo Coutinho aparece em primeiro plano dialogando com o pré-candidato, ensinando-lhe o que deve ou não ser feito para administrar o município pessoense.
Ricardo, que já foi prefeito de João Pessoa, sopra nos ouvidos do parlamentar a “fórmula correta” de governar a cidade, como se os oito anos que Cartaxo esteve à frente da prefeitura pessoense fossem repletos de desacertos e desatinos administrativos.
Nota-se, de forma substancial, que Coutinho é o criador, sendo a criatura de nome Cartaxo. E aí fica a dúvida. Quem realmente governará João Pessoa em caso de êxito eleitoral do PT no pleito que se avizinha?
Quem dará, de fato, as ordens na administração municipal em uma hipotética vitória petista? Ricardo ou Cartaxo? É uma pergunta válida para o leitor refletir. Trata-se de anomalia política usual adotada nos tempos do coronelismo.
Por fim, vê-se a fragilidade de Cartaxo ante a força política de Ricardo Coutinho dentro do PT não só na Paraíba, mas nas esferas da Executiva Nacional da sigla.
Basta observar que Coutinho indicou sua esposa, Amanda Rodrigues, para ser a vice de Cartaxo. Algo que já estava pré-determinado pelo ex-governador. Uma chapa “puro sangue” que divide, ainda mais, o PT paraibano e deixa o eleitor desconfiado .
Por Eliabe Castor
2 respostas
Quem nos dera Ricardo governar por trás de Cartaxo, tendo em vista que ele foi o melhor prefeito e governador que s Paraíba já teve, entretanto isso não parece ser certo nem garantia que acontecerá a exemplo do que o atual governador eleito no primeiro mandato por transferência de votos (destinados a Ricardo) fez Cartaxo tbm poderá fazer!
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