O corpo jurídico da campanha do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), candidato à reeleição, denunciou em entrevista coletiva, nesta sexta-feira (13), que o gestor é vítima de “milícia digital”.
Segundo o advogado Walter Agra, foram encontrados perfis de responsabilidade de duas pessoas de São Paulo e do Rio de Janeiro que estariam disseminando notícias falsas, com impulsionamento nas redes sociais. De acordo com ele, não se sabe quem estaria financiando.
“As coisas chegaram num limite que não dá para ficar calado, nem quieto. Não vamos aceitar essa estratégia. Foi instalada uma milícia digital contra Cícero Lucena. Estão contratando pessoas de fora do estado para impulsionarem notícias falsas, anúncios apócrifos”, disse Agra.
O advogado deve apresentar, ainda nesta sexta-feira, uma petição ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito da milícia digital no Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o caso. Agra também mencionou que as ações judiciais locais serão encaminhadas ao juiz Adilson Fabrício, responsável pela fiscalização da mídia nas eleições.
“Antes, essas investigações demoravam, mas agora, em dois ou três dias, conseguimos identificar o nome, CPF, e-mail e endereço dos envolvidos. Essas pessoas estão cometendo crimes, e vamos representá-las criminalmente. A Justiça Eleitoral está ágil, e a Polícia Federal vai bater na porta”, observou Agra.
O advogado destacou a gravidade da situação, afirmando que o fenômeno das milícias digitais, antes associado às eleições nacionais, agora se revela na Paraíba. “A gente pensava que estava restrito às eleições nacionais, mas essa milícia digital se revela aqui na Paraíba”, enfatizou Agra.