Blog do Eliabe Castor

Opinião: Romero Rodrigues utiliza a procrastinação com olhar centrado nas eleições de 2026

O que tem a ver os “folhetins” televisivos “Rebelde”, “A Usurpadora” e “Maria do Bairro” com a procrastinação do deputado federal Romero Rodrigues (Podemos) em  colocar seu nome ou não na disputa pela prefeitura de Campina Grande? Bem, pelo menos na avaliação do presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (Podemos) – tudo. O deputado comparou, mesmo utilizando uma linguagem metafórica, a indefinição de Rodrigues com “uma novela mexicana”.

E Galdino tem razão. Observo que o tempo se esvai, e o parlamentar federal consegue irritar, de certa forma, o grupo político ligado ao governador João Azevêdo (PSB), que busca atraí-lo para a situação. Há, também, uma expectativa soprada pela oposição que, ligada ao prefeito da Rainha da Borborema, Bruno Cunha Lima (União Brasil), aguarda o posicionamento de Rodrigues para melhor delinear as estratégias de campanha relativas ao chefe do Executivo campinense, que busca sua reeleição.

Porém, situação e oposição, mesmo observando atentas  o sim ou não de Rodrigues, têm se movimentado na pré-campanha. Bruno Cunha Lima e o ex-secretário de Saúde da Paraíba, Jhony Bezerra (PSB), por exemplo, aproveitaram os festejos juninos para massificar seus nomes na disputa eleitoral da outrora Vila Nova da Rainha.

E esse impasse, cuja (in)decisão alimenta a “boca dos tarólogos” em política na Paraíba, põe e expõe na mesa as cartas da futurologia. Elas retiram do sepulcro uma lembrança: a desistência do parlamentar em disputar o governo do Estado em 2022.

O deputado federal, que por duas vezes esteve à frente da prefeitura de Campina Grande, apresentou seu nome como pré-candidato no primeiro momento. Depois flertou com João Azevêdo, pondo a possibilidade de compor a chapa majoritária com o  socialista na qualidade de vice. Por fim, declinou e buscou um assento na Câmara Federal.

E nessas idas e vindas, e aqui faço uma leitura individual, observo que a tendência de Rodrigues é manter seus pés na Câmara dos Deputados. A lógica não requer grande esforço ou feitiços complexos para acionar uma bola de cristal “banda larga” e apontar o caminho mais plausível.

Como integrante da bancada federal da Paraíba, tem Rodrigues em suas mãos o poder de Midas. Pode ele destinar recursos não só para Campina Grande, mas para os 72 municípios que gravitam o entorno do município serrano, o que fortalecerá uma possível postulação sua ao governo do Estado nas eleições de 2026.

Para finalizar, caso esse cenário seja concretizado, Romero Rodrigues poderá indicar sua esposa, Micheline Rodrigues, como pré-candidata à prefeita de Campina Grande. Nesse caso, a ruptura com Bruno Cunha Lima e o grupo que lhe dá sustentação política será inevitável, aproximando o parlamentar ao projeto de João Azevêdo para a Rainha da Borborema, figurando possivelmente Jhony Bezerra como vice na chapa majoritária.

Também há a possibilidade de ume acordo envolvendo Bruno Cunha Lima e Romero Rodrigues. Mesmo com as relações estremecidas, o fato não está no terreno arenoso da impossibilidade. Nesse caso, Micheline Rodrigues seria a  vice do atual prefeito campinense.

No mais, Romero Rodrigues tem até o dia 5 de agosto para definir seu posicionamento, data limite destinada às convenções partidárias deliberarem sobre coligações e escolher candidatas e candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador.

E assim  “Está tudo como dantes no quartel d’Abrantes”. Napoleão Bonaparte pode confirmar tal fato.

 

Por Eliabe Castor

 

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